quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Artigo: A MELHOR CAPA

Secos & Molhados - Continental (1973)

1. Sangue Latino (João Ricardo/Paulinho Mendonça) 2:07
2. O Vira (João Ricardo/Luli) 2:12
3. O Patrão Nosso de Cada Dia (João Ricardo) 3:19
4. Amor (João Ricardo/João Apolinário) 2:14
5. Primavera nos Dentes (João Ricardo/João Apolinário) 4:50
6. Assim Assado (João Ricardo) 2:58
7. Mulher Barriguda (João Ricardo/Solano Trindade) 2:35
8.
El Rey (Gerson Conrad/João Ricardo) 0:58
9.
Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad/Vinicius de Moraes) 2:00
10.Prece Cósmica (João Ricardo/Cassiano Ricardo) 1:57
11.Rondó do Capitão (João Ricardo/Manuel Bandeira) 1:01
12.As Andorinhas (João Ricardo/Cassiano Ricardo) 0:58
13.Fala (João Ricardo/Luli) 3:13



Gravações do 1º disco

Ney Matogrosso: vocal
João Ricardo: violões de 6 e 12 cordas, harmônica de boca e vocal
Gerson Conrad: violões de 6 e 12 cordas e vocal
Marcelo Frias: bateria e percussão
Sérgio Rosadas: flauta transversal e flauta de bambu
John Flavin: guitarra e violão de 12 cordas
Zé Rodrix: piano, ocarina e sintetizador
Willi Verdaguer: baixo
Emilio Carrera: piano

Capa do álbum Secos & Molhados, por Antonio Carlos Rodrigues 

Secos e Molhados pode ser considerado um dos maiores fenômenos musicais produzidos em terras brasileiras. Em uma época de censura e repressão, o grupo surge em 1974, causando impactos sonoros e visuais.  O grupo, formado por Ney Matogrosso, João Ricardo, Gerson Conrad e Marcelo Frias causou espanto nos conservadores da época, mas levou o público ao delírio. O primeiro álbum da banda, Secos e Molhados, vendeu quase um milhão de cópias, em uma época que não se conseguia vender muito além de 100 mil exemplares. O impacto do grupo surge logo na capa de seu primeiro álbum. A foto é de Antonio Carlos Rodrigues, na época fotojornalista do jornal carioca Última Hora. Rodrigues era colega de trabalho de João Apolinário, pai de João Ricardo. Foi Apolinário quem fez a ponte entre o grupo e o fotógrafo. A concepção da capa foi de Antonio Carlos Rodrigues. Ele já havia realizado a idéia anteriormente, mas a cabeça que era “servida” era de sua mulher. As fotos feitas foram publicadas na revista Fotoptica. João Apolinário, ao ver estas imagens, convidou Rodrigues para realizar a capa do álbum.
Para a preparação da imagem, todos, banda e fotógrafo, cooperaram na montagem do cenário até que se chegasse ao resultado perfeito. João Ricardo comprou em um mercado próximo gêneros alimentícios e outros produtos para decorar e compor a mesa da foto. Rodrigues gastou uma madrugada inteira para criar o clima desejado, com os músicos sentados o tempo todo em cima de tijolos. Ao final, classificou sua fotografia como algo fantástico. Após a sessão de fotos os músicos consumiram parte dos alimentos e beberam vinho. Todo esse trabalho valeu à pena e o resultado entrou para a história. Em 2001, a Folha de S. Paulo promoveu uma enquete com 146 personalidades da área artística e do jornalismo para eleger a melhor capa da história da música brasileira. O álbum Secos e Molhados foi o vencedor, à frente de Todos os Olhos, de Tom Zé, Índia, de Gal Costa, Tropicália ou Panis et Circensis, de Gil, Caetano, Mutantes e companhia, Minas, de Milton Nascimento, dentre outros.
Estúdio Prova

Um comentário:

  1. Postei comentário nos faces de voces...
    https://www.facebook.com/elrey.secos;
    Sobre Marcelo Frias_Florianópolis.
    Josue Silva - josueviolao_Nosso Palco-Participação.
    http://www.youtube.com/watch?v=p-S2QKlMxhc

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